O Peñarol é guerreiro, obstinado, gigante pela história e tem uma torcida de dar inveja.
Mas, quando a bola começa a rolar é mediano.
Se tanto.
O jogo carbonero é previsível e limitado.
Privilegia a marcação e os contragolpes com o veloz e bom Martinuccio. Quando tem a bola na frente um dos meio-campistas, como Mier, autor do gol no Jose Amalfitani, ajuda.
As jogadas aéreas são a outra opção ofensiva. Nada mais.
O Vélez Sarsfield é bem melhor que o Peñarol.
Poderia ser o primeiro adversário forte do Peixe na Libertadores.
Os argentinos tocam bem a bola no meio, criam várias oportunidades e não balançam as redes mais vezes porque o centroavante Santiago Silva finaliza mal.
O grande problema do Vélez é o sistema defensivo vulnerável.
Seria um choque de estilos mais díficil para a equipe brasileira.
O ferrolho santista contra o jogo ofensivo do Vélez.
Santos e Peñarol são times que atuam de maneira parecida.
Só que a diferença técnica com a bola é gigantesca.
Os atletas do meio-campo santista que avançam (Danilo, Elano, Arouca) são melhores que os dos uruguaios.
Os laterais da equipe da baixada também.
O time de Muricy é tão capaz quanto o Peñarol, talvez superior, no trabalho defensivo.
E tem Neymar em função similar a de Martinuccio (nem vou compará-los).
E talvez conte com o Ganso, outro capaz de fazer a diferença.
O Santos é favorito ao título.
Apenas questões emocionais dos jogadores do Peixe ou o momento de superação aurinegro ( o futebol ensina que nem sempre o melhor vence no mata-mata) podem tirar o tri do Peixe e o título da América de Muricy.
O jogo
O Peñarol, por carca de 20 minutos, conseguiu parar o meio-campo do Vélez.
Nesse período criou uma ótima chance desperdiçada por Martinuccio e fez o gol com Mier.
Os argentinos, donos de uma das torcidas mais frias do país, viram a hinchada carbonera vibrar e cantar.
Quando os anfitriões conseguiram ganhar o meio-campo, a enorme diferença técnica dos times ficou clara.
Aos 41, depois do Vélez pressionar bastante, o auxiliar anulou o gol do ótimo Martinez. Viu impedimento, contudo a posição era legal.
O gol acabou fazendo a diferença na classificação do Peñarol.
A postura das equipes foi a mesma do início ao fim da emocionante semifinal.
Vélez no ataque e Peñarol contragolpeando.
Nem quando Ortiz, aos 23 do segundo tempo, foi expulso e deixou os argentinos com um jogador a menos isso mudou.
No fim da etapa inicial os anfitriões empataram.
Apos 21 do segundo tempo, Santiago Silva colocou o Vélez em vantagem.
Faltava um gol para a classificação.
Martinez sofreu penalidade (foi derrubado pelo atleta que estava atrás dele, não pelo que deu o carrinho de frente). O Vélez estava bem melhor apesar de ter apenas 10 em campo.
Santiago Silva perdeu a penalidade. Escorregou na hora do chute.
E o Vélez não conseguiu transformar a superioridade no resultado que precisava.
Só pra não esquecer, eu sou Santista !
#VAMOSERTRISANTOS